O atleta Luíz Carlos Cardoso, irá disputar o Campeonato Mundial de Paracanoagem em agosto, na cidade canadense de Halifax, e esta será a oportunidade para dar o troco no húngaro Peter Kiss. No ano passado, em um intervalo de 16 dias, os dois principais nomes do caiaque na classe KL1 (atletas que utilizam somente braços na remada) brigaram pelo ouro na Paraolimpíada de Tóquio (Japão) e no Mundial de Copenhague (Dinamarca).
O europeu de 18 anos, que apareceu na reta final do último ciclo paralímpico, levou a melhor nas duas provas. A vantagem sobre o piauiense de 37 anos, que ficou com a prata nos dois eventos, caiu de pouco mais de dois segundos para somente 36 centésimos, entre um torneio e outro. A diferença, segundo o brasileiro, está na mudança da embarcação, já pensando nos Jogos de Paris (França), em 2024.
O caminho de Luís Carlos rumo ao Mundial começa na Copa Brasil de paracanoagem, entre os dias 25 e 26 de março, em Campo Grande. O torneio servirá como seletiva nacional para o torneio em águas canadenses.
Luís Carlos treina na Represa Billings, em São Bernardo do Campo (SP), junto da sul-mato-grossense Débora Benevides (terceira colocada no Mundial da Dinamarca e finalista paralímpica em Tóquio) e do carioca Caio Ribeiro (bronze na Paralimpída do Rio de Janeiro, em 2016), todos orientados pelo técnico Akos Angyal – húngaro, como o principal rival do piauiense. O país europeu, aliás, é referência quando o assunto é canoagem, sendo o que mais conquistou medalhas olímpicas (86) e o terceiro com mais ouros (28).
Desde 2014, os brasileiros treinados por Angyal realizam intercâmbios com atletas do clube húngaro MVSC. No momento, por exemplo, a canoísta Netta Gábor (que representou a Hungria em campeonatos europeus de base) está no Brasil acompanhada do técnico Attila Guba.